A fatalidade ocorrida em Santa Maria tomou proporções
relevantes dentro e fora do país, e ainda antes de se apurar todos os fatos que
contribuíram para tal desgraça, já nos deparamos com a eminente ameaça dos
acobertamentos que beneficiarão a muitos dos responsáveis tais como o Governo
do Estado e o Município. Fácil nunca seria, pois que a perda de centenas de
jovens deixa um vazio no coração da cidade destruindo as esperanças, os
objetivos e todos os planos que são criados em função do futuro deles, mas a
incerteza da punição coerente, leva ainda a uma pior sensação, a de que vivemos
num país sem terra, sem pernas e sem mãos.
Como se não bastasse um comerciante tocar seu negócio sem licença
validada e mesmo assim ter um público
além da capacidade de lotação, na maioria dos estabelecimentos contrata-se
empregados e prestadores de serviço sem capacitação para exercer suas funções,
e assim, como numa roda viva, enfrentamos
as incertezas de nossas satisfações em pequenas coisas, em momentos que
deveríamos estar em pleno gozo de nossa liberdade, ao invés disso, deixamos os
que nos esperam apavorados temerosos pelos assaltos, pelos acidentes na
estrada, pela incompreensão dos homens que controlam as nossas contas ou pela
ignorância de responsáveis que controlam nosso direito de ir e vir. Nenhuma
palavra, hoje, pode descrever a dor, a tristeza e a sensação de abandono que
sentimos junto a tantas tragédias anunciadas, isso tudo nos faz imaginar que o retrocesso nos remete ao primitivismo, onde nos
colocamos dentro das arenas ou na cova dos leões à disposição dos louros
adornados nas cabeças dos piores dinossauros da história. SOS BraZil!

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