domingo, 15 de novembro de 2015

De volta ao nosso convívio, meu querido amigo!

Ela veio me visitar, não bateu à porta, entrou sorrateiramente pelos fundos se curvou à minha frente, me deu um susto não à esperava tão cedo, não a quero, não é bem-vinda, mas a vida faz questão de que saibamos pelo menos de um de nossos destinos malvadeza, amor, insegurança, quem sabe encarnação, feio ou bonito, amizade, dor, sabor e saber, vai entender... Por muito tempo temperei aquele momento que parecia uma eternidade, pimenta, resto de raio de sol, umidade de mata molhada, Orixás, Deusas, Deus, cachimbo, chumbo, charuto, prece, oração, reza, menino, mulher, entidade altar, coração, flecha, o que podia ser sonho seria ilusão, forte demais, alucinação, e aos poucos alguns e alguéns fizeram um círculo a minha volta, espantaram essa moça, senhora, mundana, coisa do além. A Primavera que me levou se despediu de mim O Outono deixou Outubro manso em seu lugar, e antes que um exército pudesse ser montado para proteger meu presépio que no dia 25 de novembro farei questão de ornamentar. A febre cedeu, o perigo passou, agora entendo porque a palha sem fogo abriga os meninos, acalma a mãe e alenta os homens não brincarei com fogo nunca mais, hoje, eu sei que Deus existe... (Ana Egito)