Trabalho feito, louça limpa, televisão prá relaxar, mas não quero ver filme hoje, quero um banho demorado, lençol escorregadio e o corpo do meu latin lover bem encostado ao meu, no quarto geladinho em pleno inverno que no Rio de Janeiro mais parece uma Primavera tropical,e o que menos importa é uma tela de tv, deixo todos os objetos pra um quarto de hotel, eu estou é em casa, entre quatro paredes, confortavelmente composta só dos meus travesseiros e descompostadamente livre pra matar de curiosidade os mosquitinhos escondidos atrás da porta, deixo a eles só a oportunidade de morrerem de inveja do meu banquete: o macho! Aranhas, abelhas, tigresas, cachorras, lebres ou mulheres, estas que escondem cartas e mais cartas por baixo da manga, mágicas que transformam um ambiente familiar e particular em alcôvas mal iluminadas e recheadas de mistério, a imaginação faz aguçar todos os sentidos e o resto... ainda fica tutto è alla femme fatale! Bom mesmo é só sair de cena depois das primeiras horas da manhã, vendo o sol chegando devagar, se acostumando com os "barulhos" externos abrindo às portas da padaria, do borracheiro, dos ônibus, ao fundo o sabiá chegando sorrateiramente pousando no espelho do meu carros, sujando tudo, e quando eu volto a rotina lhe espanto, só que hoje não vou esbravejar com ele , prefiro sussurrar: "abusado"... rs rs rs
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