quarta-feira, 26 de outubro de 2011

BATIDA DIFERENTE!


A tecnologia avança e isso é um fato, que usamos esses avanços para nos beneficiar em tudo, é verídico, mas o uso indevido de algumas praticidades da tecnologia na arte não traz tantas contribuições assim. Vejamos então um exemplo bem comum na arte musical: a batida eletrônica. Não é raro você entrar num restaurante, bar, gril, seja lá o que for, e o primeiro som que se ouve é aquele batistaca infernal, de ritmo prático e adequado a qualquer estilo previamente gravado num teclado ou qualquer "coisa" midi, reproduzido sem a menor criatividade de parte de quem o "detona" junto a voz, muitas vezes de cantores da "hora", pois é mais barato, mais prático, e não há mais ninguém prá encher o seu saco e se meter no seu repertório ou no horário do seu intervalo. E assim a música se empobrece, a cultura se desfaz, a memória de extingue, e os valores... pode esquecer, tudo já vem gravado, mastigado, corrigido e chato! E com muita tristeza a gente iverte os valores de quem os tem, músicos estudiosos, virtuosos, criativos e em plena ascensão, vão sendo substituídos por vendedores de carne, pizza, bolinho, vinho, cerveja e extras por um couvert que nem é cobrado, pois ali não está um artista, está um servidor, vendedor, cabo eleitoral e mais o que você quiser. Pena... principalmente o Rio de Janeiro não merece esse empobrecimento cultural, ainda temos a natureza desse Estado a nosso favor, é o mínimo, pois cada vez que você passa pelo subúrbio, o samba se faz lembrado, o chorinho entoado, na zona oeste os violões acompanham o balançar das folhas das árvores e os pássaros fazem o seu próprio coral, nas orlas desenhadas, o piano e a bossa nova debocham das marchas de carnaval, e assim tudo se mistura numa imensa alegria... Viva a bateria, a percussão, as teclas, as cordas, a notas, as boquilhas, as palavras, e tudo que Deus criou... a vida!



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